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Mostrando postagens de 2013

Tudo é uma Questão de Postura

                                          Imaginando o que seria o mundo ideal para mim, nele não haveria dor nem limitação. No mundo real , não temos muita escolha, temos que aprender a viver com o que temos em estoque no momento.  Mas na vida ninguém passa mais tempo com a gente do que nós mesmos. E acredito ser essa uma boa razão para fazer do nosso corpo um bom lugar de se viver.  Pensando assim , mais do que uma boa postura corporal , precisamos adotar uma boa postura , no sentido de atitude , nessa relação com o nosso corpo e a nossa saúde. Praticar atividades físicas, ter uma alimentação balanceada , dormir bem são exemplos de um estilo de vida saudável. Só que na vida real , o que fazemos com o cansaço, a falta de tempo , a falta de dinheiro, a dor, o trânsito , a ansiedade , o excesso de trabalho? Haja corpo para tanta tarefa! Não há vida real ou imaginária que sobreviva a essa equação sem estresse. Então lembre-se:     O corpo é seu! Não delegue se

Bolsa de Mulher

Quando penso em bolsa de mulher, nunca penso em moda ou marcas famosas. Penso em excesso: de coisas e de peso. E a imagem que vem imediatamente à minha cabeça é a de um corpo ligeiramente inclinado para dar conta do peso extra, e depois, do número enorme de pacientes que chegam com diagnósticos de tendinite, epicondilite, capsulites, cervicalgias, artrose, hérnias de disco, alteração postural, dor, muita dor, e que ainda conseguem andar com uma bolsa pesada. Mas não é assim que a maioria das mulheres veem suas bolsas, para elas é o símbolo da mulher prevenida que vale por duas. Pena que só uma carrega. A bolsa maravilhosa em questão aqui é aquela grande, com alça de um lado só , e pesada de tão cheia que está. Este tipo de bolsa é muito comum de se ver nas ruas e nos transportes, às vezes nem a bolsa dá conta, podem-se achar objetos que não couberam nela entre as alças da mesma ou no outro braço da criatura prevenida. Então, essa situação onde a pessoa c

Tem Sofá na Sala de Fisioterapia

Atire a primeira pedra quem nunca se jogou no sofá. Muso absoluto do ócio, ele é o abrigo reconfortante para qualquer hora ou ocasião. Por essas e outras, é praticamente um pecado , manchar sua tão ilibada fama de protetor das atividades cansativas do cotidiano, com conversa de fisioterapeuta. A coreografia invariavelmente é a mesma. A criatura chega, senta, desaba, deita, vira de ladinho, coloca a cabeça no braço do sofá ou numa almofada, o resto do corpo no melhor estilo parafuso, tira um cochilo, acorda, levanta, sente dor nas costas, no pescoço, e... ...e aí vira estatística: a dor nas costas é uma das alterações musculoesqueléticas mais comuns nas sociedades industrializadas; é uma das principais causas de afastamento do trabalho, no Brasil; estima-se que 80% da população mundial sofrerá um episódio de dor nas costas na vida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Claro que o sofá sozinho não faz todo esse estrago, e não esta

Cai...Não cai!

Existem muitas pegadinhas no nosso dia a dia. Leia-se por pegadinhas todas aquelas facilidades que criamos, seja por hábito, pressa , teimosia ou preguiça, para fazer nosso corpo correr riscos desnecessários. Um desses riscos é a queda  e a pegadinha da vez é o banquinho, ou cadeira da cozinha , que algumas criaturas inadvertidas, usam de escada para pegar :  fraturas, lesões, dores nas costas, traumas e acidentes  nos armários mais altos.  A tentação de subir no banquinho - rapidinho! (é o que sempre dizem) , deve ser algo fora do comum, porque mesmo diante da argumentação sobre quedas e suas  consequências catastróficas, os alpinistas de cozinha acham um absurdo, um exagero para uma coisa tão simples. Mas não é. Queda não é só um evento, está na  Classificação Internacional de Doenças . Algo para se prevenir sempre que  possível , e, se aprender com o erro alheio vale como experiência , a dupla banquinho + queda foi protagonista de muitos tratamentos que eu atendi e

Durma Bem com o seu Travesseiro

Escolher o travesseiro parece uma coisa simples, mas quando a pessoa está com dor ou percebe que algo não está “encaixando” durante a noite, um olhar acusador se volta para ele: o travesseiro . Como vamos falar especificamente sobre travesseiros vale lembrar que o ideal é dormir de lado. Ao escolher um travesseiro o critério é manter o alinhamento entre o pescoço e o tronco. - O travesseiro deve ocupar o espaço entre a nuca e o início das costas, esta altura tem uma variação de 10 a 15 cm em média, e essa altura é particular e deve ser respeitada para que a região cervical não fique desalinhada. (A minha, por exemplo, tem 12 cm, verifique a sua.) Também é importante por um travesseiro entre os joelhos, evitando a rotação da coluna (o joelho deve ficar alinhado com o quadril), simples assim. - Caso você costume dormir de barriga para cima, o travesseiro deve ocupar o vão entre a nuca e o colchão, sem comprimir a coluna cervical ou deixar a cabeça caída. Igualmen

Quem Sabe Carregar a Mochila Direito?

Todo mundo sabe. Só que não usa.  Por isso este tema ainda está relacionado à dor nas costas e má postura.   Todos nós usamos mochilas em alguma fase da vida. Alguns nunca deixam de usar, temos até grupo de mochileiros.  Por esse motivo não dá para ignorar a importância da mochila nas nossas vidas. Para todas as fases, todas as idades, todos os gostos e todas as tribos, O melhor e mais recomendado modelo de mochila é aquele de três alças: Usado para caminhadas e trilhas que, além das duas alças, tem uma alça que deve ser presa no abdômen, o que confere maior estabilidade ao corpo. As alças devem ter uns 4cm de largura, no mínimo, para não causar compressão nos ombros. Vazias, não devem ultrapassar 0,5 kg. Outra coisa importante é não deixar "folga" junto às costas e não devem ultrapassar a região lombar, chegando ao bumbum.   O modelo ideal é esse para todo mundo, a cor você escolhe. Como podemos ver, mochila é tudo de bom. O que não é tudo de

Bolsa de Água Quente ou Gelo?

           Esta é a pergunta campeã de audiência numa sala de Fisioterapia, por isso está aqui.                      Particularmente não uso nenhum dos dois durante os meus atendimentos, porque o tratamento fisioterápico trabalha com recursos diferenciados, e a bolsa de água quente e/ou o gelo o paciente pode e deve fazer em casa.           Eu uso!           Agora , para você saber identificar quando usar um ou outro , e não fazer parte do famoso grupo dos palpiteiros de plantão é o seguinte:          Regra básica para o seu raciocínio                          - gelo logo após o trauma ( fase aguda), nas primeiras 24 a 48 horas                          - calor depois dessa fase         Porque quando sofremos uma lesão ( um entorse, uma fratura, um trauma) o corpo cria um mecanismo de defesa que é o edema, ´como um airbag , para proteger as estruturas internas de sobrecargas. O gelo diminui o metabolismo e a atividade tecidual , o que faz com que a pele fique inicialment

Sapato de Salto Agulha

            Este salto da foto, para quem não sabe, responde pelo nome de salto agulha.             Só de olhar eu já imagino o raio x de quem faz uso dele com frequência.             Elegância, bumbum empinado, silhueta alongada são os argumentos das usuárias que eu já atendi , e que nem imaginavam que o salto agulha era na verdade o passaporte para uma viagem sem escalas para a fisioterapia e também para a descida de salto.            Mas vamos aos fatos, quando usamos este tipo de salto com bico fino: - há uma redução da participação do calcanhar na sustentação do corpo - consequentemente há um desequilíbrio, o que altera a mecânica da marcha - perdemos o amortecimento ao impacto da pisada - o peso do corpo incide sobre os dedos , o que sobrecarrega as articulações metatarso falangeanas - há também um encurtamento da musculatura da panturrilha e consequentemente do tendão de Aquiles            Dores no joelho, na coluna, calos, tendinites , sem falar no aumento do risco