Atire a primeira
pedra quem nunca se jogou no sofá.
Muso absoluto do
ócio, ele é o abrigo reconfortante para qualquer hora ou ocasião.
Por essas e outras,
é praticamente um pecado , manchar sua tão ilibada fama de protetor
das atividades cansativas do cotidiano, com conversa de fisioterapeuta.
A coreografia invariavelmente é a mesma. A criatura chega, senta, desaba, deita,
vira de ladinho, coloca a cabeça no braço do sofá ou numa
almofada, o resto do corpo no melhor estilo parafuso, tira um
cochilo, acorda, levanta, sente dor nas costas, no pescoço, e...
...e aí vira
estatística:
- a dor nas costas é uma das alterações musculoesqueléticas mais comuns nas sociedades industrializadas;
- é uma das principais causas de afastamento do trabalho, no Brasil;
- estima-se que 80% da população mundial sofrerá um episódio de dor nas costas na vida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Claro que o sofá
sozinho não faz todo esse estrago, e não estamos aqui fazendo um
post sobre dor nas costas, e sim sobre como sentar no sofá sem virar
estatística.
Antes de mais nada, a maioria esmagadora de maridos do mundo precisa dessa informação, sofá é para
sentar, deitar é em outro setor.
O correto é sentar
com o tronco bem apoiado ao encosto, não vale sentar em cima da
coluna, ela não foi feita para isso.
Para ver televisão
, ler , fazer tricot , etc , preste atenção à região cervical
para que ela não fique muito flexionada . Considere apoiar os
braços em almofadas para elevar o livro , ou no caso do tricot ,
crochê ou bordado , apoiar os cotovelos deixando os antebraços
livres para o trabalho , mas os ombros relaxados .
E por último , e
não menos importante, o tempo. Faça a conta do tempo dedicado a
este móvel , além de não ser bom para o corpo ficar muitas horas
numa mesma posição , ele é um bom indicativo para saber se você
está sedentário ou não , e, se no seu caso , der positivo para
sedentarismo, está na hora de mudar sua relação com o sofá e as
estatísticas.
Referências:
- Organização
Mundial da Saúde
- Escola Nacional de Saúde Pública - Fiocruz, 2008
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